Carência
A influência da Carência
Hoje vamos falar sobre CARÊNCIA. Solicitei a minha filha Vitória para que escrevesse já que ela está lendo um livro a respeito do tema. Aproveite!
Lidando com as Carências por Vitória Bonvecchio
(Baseado no escritor Eurípedes Mendes)
Para entendermos:
No momento em que nascemos, nossa maturidade emocional começa a ser construída. Todos nós, em diferentes medidas, sentimos necessidade de alguma coisa. Sempre temos a impressão de que algo nos está faltando. Estávamos no útero materno, aconchegados, plenos e protegidos. Ao vir ao mundo a primeira experiência foi romper este lugar de segurança.
O que gerou em nossas vidas uma sensação de desemparo, e só voltamos a nos encontrar com aquela condição de plenitude vivida no útero, é no colo de nossa mãe. Ao nascer precisamos de colo, proteção, toque, alimento, aconchego, afirmação, afetividade, amor e cuidado. E é a figura dos pais que deve (ou deveria), nos fazer viver nos primeiros anos de nascidos, a mesma sensação que tínhamos no útero. A mãe e o pai são os nossos primeiros focos de amor, desejo, satisfação e completude.
Infelizmente, por conta de abandonos, ausências e incompletudes que a vida nos apresenta, essas necessidades deixam um vazio terrível dentro de nós e nos levando a tentativa frustada de preencher de alguma forma.
Na medida que crescemos, esses sentimentos deveriam amadurecer junto conosco. Mas, rotineiramente sentimos que algo nos falta e que não estamos plenamente resolvidos com a vida. Nos dias de hoje, vivemos mudanças que estão afetando nossa maturidade emocional.
As relações estão, cada vez mais, desconectadas umas das outras. Os casamentos não são mais sólidos como eram anos atrás. As amizades são extremamente superficiais e descartáveis. Relações afetivas são frágeis. Estamos mais vulneráveis afetivamente.
O fato? A família não é mais prioridade. Esta sendo ocupada pela carreira profissional. A afetividade que deveria ser aprendida com pais e com a convivência em família, infelizmente, foi substituída pela atividade profissional, desempenho e metas.
Não sabemos nos relacionar, sabemos consumir e fazemos por conta da ausência afetiva. Na fase adulta, toda essa carência afetiva tende a ser preenchida pela imoralidade. Imaginamos que esse sentimento de vazio pode ser resolvido com um(a) parceiro(a).Não é a toa que existe pessoas que "não consegue ficar sozinha". Entra ás cegas em relacionamentos que se transformaram em fardos terríveis. O carente é perito em cobrar os outros o tempo todo. Reivindica atenção sempre.
O processo da carência
Carência nos leva a correr atrás de tudo, até daquilo que não é nobre.
- O carente não é orientado por sua consciência mas por suas necessidades.
- O carente, ninguém pode magoá-lo, por coisas pequenas pode até matar seu namorado(a), cônjuge ou amigo(a), ou qualquer relacionamento.
- O carente precisa, o tempo todo, provar que é alguma coisa.
Em situações de nervosismo extremo e perdemos a noção de quanto podemos magoar alguém ou promover um ambiente constrangedor, temos a mania de dizer: "Perdoe-me. Eu estava fora de mim!" Mas na verdade estamos no estado mais sincero de nosso caráter. Ao fazermos coisas contrárias à nossa natureza, manifestamos a vida de Deus.
Início da cura
A primeira coisa que precisamos entender, carência é na verdade, uma enfermidade da alma. Ela tem o poder de controlar e escravizar muitas pessoas, determina as piores escolhas que influenciaram toda nossa vida emocional, e levar alguém a nem conseguir raciocinar em uma situação de crise emocional.
Já ouviu ou disse aquela frase: "Eu preciso de Deus"? É verdade!
Nosso caráter que necessita ser mudado. A nossa mentalidade deve ser moldada pelos valores do Reino de Deus. Conversão não é mudar de lugares ou hábitos, é uma mudança na maneira de pensar.
Como filhos de Deus, conscientes da obra da cruz, devem apenas manifestar aquilo que Ele já fez. Revelar o Dom que Deus colocou em nós, deveria (deve) ser nossa motivação.
Precisamos conhecer o coração do Senhor e o que Ele quer os ensinar na situação em que estivermos passando. A fé não move Deus, a Fé move nossas vidas na direção d'Ele. Oração também não tem esse poder, Ele é imutável. O que é necessário é conhecer o Seu coração, a Sua vontade e os Seus planos para nós. Sempre que nos relacionamos com o Pai deveria ser para que nós mesmos sejamos transformados. "Algo que mata o relacionamento são as cobranças".
A vida não nos deve nada, nos tornamos depósitos das bênçãos de Deus.
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Vitória Bonvecchio - Filha, serva. Amante dos livros e da palavra de Deus. |
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