O divórcio e a igreja
O divórcio na abordagem de Moisés X O divórcio na abordagem de Jesus.
Há
muitas dúvidas referente os princípios e leis que a Bíblia
estabelece. Num mundo em que o direito de todos deve ser respeitados,
indiferente se esse direito ofende o todo. Afinal, o limite de um
termina quando começa o do outro. Lembrando que nem tudo que é
legal é moral.
Entendemos
que as Leis e princípios estabelecidos por Deus foi direcionado ao
SEU povo, no tempo de Moisés. Na época, a terra estava novamente
cheia de deuses, esses que os povos levantavam e sacrificavam até
mesmo seus filhos como oferta e adoração. Cada nação era
conhecida pelo deus que servia. E temido era o Deus de Israel, por
causa das suas grandes maravilhas e milagres.
Glória
a Deus, que depois da crucificação, nós, os gentios também fomos
adotados como filhos de Deus pelo Sangue de Cristo Jesus e hoje
denominados evangélicos, cristãos, seguidores de Jesus, somos
conhecidos como o povo de Deus.
Toda
essa introdução, é para que se entenda, que o Deus de Israel, é o
nosso, e Ele não mudou.
As
suas leis e princípios dadas ao povo de Israel se aplicam a nós.
Como já dito em outras matérias, Jesus veio para cumprir a lei não
para revogar.
O divórcio na Abordagem de Moisés
Israel, ficou séculos na escravidão no Egito, depois de ser chamado
pelo próprio Deus, Moisés, estava enfrentando a dura tarefa de
restaura os fundamentos da nação, amenizando tantas feridas e
desordens sociais, reorganizando civilmente a família. O povo estava
acostumado a cultura e o culto do Egito. Acredito, eu aqui pensando,
que Israel tornou-se como um no Egito, adorando até mesmo os seus
deuses. Se pensa nessa possibilidade quando o povo está no deserto e
sempre lembram do Egito.
Para a reorganizar civilmente a família Moisés legalizou o
divórcio. Seria uma lei desnecessária se houvesse uma sociedade
imune aos conflitos....naquela época.
A abordagem de Jesus
A lei fora feita para civilizar a vivência do povo de Deus. Mas no
novo testamento, surge uma séria denuncia feita pelo próprio Jesus.
“Jesus
respondeu: Moisés lhes permitiu divorciar-se de suas mulheres por
causa da dureza de coração de vocês. Mas não foi assim desde o
princípio. Eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua
mulher, exceto por imoralidade sexual, e se casar com outra mulher
estará cometendo adultério. Os discípulos lhe disseram: Se esta
situação entre o homem e sua mulher, é melhor não casar” (Mt
19:8-10)
Podemos
dizer, que assim como nos dias atuais, os religiosos, fariseus,
adequaram as leis conforme os seus interesses e necessidades.
Banalizaram o casamento, uma preocupante insensibilidade à vontade
divina que Jesus qualificou como dureza de coração.
“[...] tratando do divórcio, é necessário advertir como
Jesus o fez ao confrontar os fariseus em diversas situações, que o
divórcio, apesar de ser biblicamente legal, pode se tornar um
dispositivo perigoso, distorcível, abusivo, facilmente usado como
motivações corrompidas, sendo inspirado e praticado por egoísmo,
leviandade e lascívia, vaidade, irresponsabilidade, maldade, como
artifício de vingança, etc.” (A
Lei, a Moral e o Divórcio – Pr. Coty)
Sempre
instruímos aos cristãos, lerem a Bíblia, para um melhor
aproveitamento, é necessário, orar e pedir ao Espírito Santo para
abrir os olhos e ouvidos espirituais para ver e ouvir aquilo que Deus
quer lhe mostrar através da sua Palavra. Mas no que se refere a Lei,
é necessário estudar não só a Bíblia mas outros livros sobre o
assunto. No caso da Lei do Divórcio, servia para confrontar os
líderes religiosos que imoralmente estavam fazendo do divórcio um
pretexto para o repúdio, pervertendo a funcionalidade da lei.
“
Ou seja, a Lei do divórcio
foi instituída por causa do repúdio, e não para ser um pretexto
para o repúdio. [...]Em
praticamente todos os textos sobre o divórcio nos Evangelhos, Jesus
estava confrontando especificamente este tipo de comportamento
praticado por muitos rabinos e mestres do judaísmo. O que Jesus
colocou em cheque em relação a estes líderes religiosos foi a
maneira sagaz e cruel de usarem a lei do divórcio como licença para
trocar de esposa ao seu bel prazer satisfazendo a sua cobiça em
detrimento da aliança com a mulher da sua mocidade. […] Este
tipo de procedimento coloca a pessoa em um péssimo caminho, o
caminho do coração duro, da vontade inquebrável, inflexível, do
caráter não transformado, da imaturidade cronica, do nanismo
espiritual, da insubmissão ao tratamento divino!”(Pr. Coty)
Então, as perguntas que te
fizeram ler esses artigos nesse blog, são as dúvidas de muitas
pessoas que frequentam a igreja mas que muitas vezes não querem
servir a Deus na sua perfeita vontade.
* Onde está escrito na Bíblia
uma justificativa para eu me divorciar?
* Se eu deixar o meu cônjuge,
posso casar de novo?
O Pr. Coty orienta que qualquer pessoa que busca na Bíblia um respaldo para o seu repúdio ou fazer de uma crise ou insatisfação conjugal um pretexto para deixar o cônjuge ainda desconhece a natureza divina. Por isso é necessário termos vida em Deus, conhecer o seu caráter e o seu poder para que não venhamos desfalecer.
Concluímos que a Lei do
Divórcio é normativa e não autorizativa.
RESSALVAS DO DIVÓRCIO
Leis civis precisam ser
dinâmicas. Entendemos que uma lei que funciona nos Estados Unidos,
ainda que excelente, talvez não funcionaria no Brasil, pois são de
regime governamental diferentes.
Na leitura desse livro no qual
menciono e indico nesse blog, A Lei, a Moral e o Divórcio, você
terá um entendimento mais abrangente sobre o que estamos falando
aqui.
Nesse livro, o Pr. Coty, traz
ao conhecimento algumas ressalvas do divórcio, sendo que não
existem ressalvas bíblicas para o repúdio, apenas para o divórcio.
Como cristãos, no que se refere a uma decisão tão difícil, jamais
deve ser resolvido sem a competência dos anciãos da igreja.
Acredito que tanto a oração como o conselho pode muito em seus
efeitos.
Antes de saber das ressalvas,
quero deixar 03 conselhos, pois talvez seja a resposta que tanto
procuravas.
1) Não haja com amargura e
vingança
2) Perdoar não é uma opção,
é um mandamento
3) No que se refere aos
filhos, é mandamento honrar pai e mãe, independente do fracasso
conjugal.
1 – Primeira Ressalva -
Histórico de agressões e violência ( o divórcio nesses casos,
torna-se a única alternativa para salvar a vida de uma pessoa).
2 – Segunda Ressalva –
Infidelidade persistente sem nenhum sinal de arrependimento – A
infidelidade é uma das principais formas de expressão do repudio.
Viola o principio da propriedade e exclusividade do amor conjugal.
Sexualmente falando, o corpo do marido pertence apenas à esposa e o
corpo da esposa pertence apenas ao marido, a ninguém mais.
“Nos casos de adultérios
persistentes, depois de esgotar as tentativas de restauração, chega
um momento, o qual deve ser bem discernido, que o casamento fica sem
chances de sobreviver, restado ao cônjuge traído a alternativa de
formalizar a dureza de coração do cônjuge infiel através do
divórcio”.
É uma questão de bom censo.
3ª Ressalva – Vícios
químicos e criminalidade
Esta também é uma
prerrogativa importante de ser muito bem trabalhada, quando o
matrimonio é colocado em cheque devido o comportamento vicioso de um
dos cônjuges, inclusive envolvendo-se com a prática da
criminalidade, violência, roubo, prostituição, etc. Chega ao ponto
do casamento torna-se insustentável, e é necessário legalizar a
dureza do cônjuge através do divórcio. Essas pessoas precisam ser
responsabilizadas pelos seus atos. Tolerar o abuso que elas infringem
pode tornar o cônjuge codependente do seu vício. Acaba se tornando
passivo.
Enfim.
As ressalvas podem ser um
escape para a sua vida. No entanto, precisa ser muito bem avaliado.
Não podemos usar os motivos
para casar e descasar inescrupulosamente...como também não deve-se
excluir ou condenar taxativamente as pessoas que estão num segundo
casamento ou que passaram por um divórcio. Lembrando, que muitas
vezes, a única alternativa foi o divórcio.
Para o próximo assunto,
trataremos sobre o divórcio e o serviço ministerial.
Bibliografia
Bíblia
A Lei, a Moral e o Divórcio - Pr. Marcos Borges ( Coty)
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